quarta-feira, 8 de junho de 2011

Homenagem aos Exus e Pombagiras em 15/06 as 19:30h


EXU NA UMBANDA - 12/06


Por Pai Alex d’Oxalá


Èsù é um Orixá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara, Ibarabo,Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú,. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos.


Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.


Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada.


Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade por isso muito se confunde a referência africana de exu com a identidade de nossos cumpadres do povo de rua chamados também de exus e pombagiras.


Exus e pombas-giras são espiritos trabalhadores da umbanda com a missão de socorro e proteção dos filhos de fé nas questões terrenas, sentimentais, financeiras e emocionais, sendo nossos cumpadres totalmente emotivos e passionais.Todo o filho de fé na Umbanda traz com sua energia um casal de cumpadres que virão ao médium e seus assistidos como polo invertido tirando energias negativas, livrando de feitiços e descarregando.


Sua função mítica é a de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas dos homens aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só acontece no momento da incorporação, quando o corpo do médium é colegado ao seu Exu por meio dos chacras. É ele quem traduz as linguagens humanas para os seres superiores,protege as casas de santo e seus filhos, por isso, é imprescindível a sua presença para a realização de qualquer trabalho.


Os Exus são confundidos com os Kiumbas, que são espíritos trevosos ou obsessores, são espíritos que se encontram desajustados perante à Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos. O verdadeiro exu ou cumpadre do povo de rua aceita e entende sua missão como umbandista , recebendo e acatando as ordens do guia chefe da casa e da egregora formada pelos outros espiritos trabalhadores passando a fazer parte dessa grande familia espiritual onde todos tem uma grande missão a ser cumprida.A missão da caridade.




Como reconhecer um exu de Lei?


Alguns espíritos usam indevidamente o nome de Exu para canalizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. O assistido ou consulente tendo uma visão distorcida do trabalho de exu pede para que sejam manipuladas energias que vão de encontro as leis de umbanda e as normas internas estabelecidas pelo guia chefe da casa.Na realidade, quem está agindo é o consulente e aquela entidade seria apenas o veículo. É como se fossemos a energia elétrica e exu fosse o condutor fazendo chegar tudo o que vibramos.


É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, orientando para que reflitam sobre seus atos e procurem a verdadeira evolução. Chamamos de exu de Lei ou exu batizado é todo aquele que recebe missão de caridade.


Não é fácil reconhecer um verdadeiro exu de Umbanda. Para isso é importante que sempre estivermos nos preparando para os trabalhos com nossas entidades (independente da linha) devemos vibrar e atrair sempre os melhores pensamentos, pedindo apenas que sejamos instrumentos na construção da evolução comum de todos os envolvidos(médium+assistido+entidade).Toda a manifestação de exu acontece a partir da apresentação desse exu a egregora da casa e o ato de riscar o ponto. Cada entidade se manifestará a sua maneira, porém deveremos sempre estranhar quando uma entidade se apresenta em movimentos bruscos, jogando o médium no chão, torcendo ou colocando seus membros anatomicamente desconfortáveis, usando de velas e outros apetrechos como forma de demonstração de força. São característcas suas gargalhadas que podem demonstrar a alegria de poder estar servindo , mas que são nada além do que a ativação dos chakras laríngeos liberando a energia necessária para firmar seu ponto ou realizar seu trabalho.


Domínio dos exus


Os exus atuam em diversos reinos sendo os mais comuns as encruzilhadas e cemitérios.Por ser exu uma energia ligada ao movimento,quando estamos nas ruas e estradas juntamente com a energia do orixá Ogum, teremos a presença de nossos bons cumpadres do povo de rua. As encruzilhadas são pontos de confluência que reunem energias importantes para essas entidades por isso que se observam muitas oferendas nesses pontos convergentes.Porém o verdadeiro umbandista quando da necessidade de fazer uma oferenda a exu irá buscar a tronqueira de seu terreiro, onde estão firmadas e plasmadas todas as vibrações de exu para fazer suas entregas. Infelizmente observamos alguns irmãos desavisados agradando exu em estradas de movimento, encruzas abertas com verdadeiros banquetes que só aumentam o vício de alcóolatras e viciados que se utilizam das bebidas ofertadas, além de emporcalhar a cidade e dificultar o trabalho da limpeza urbana.Uma religião com fortes ligações com a natureza não pode contribuir para o aumento da poluição.Em momento oportuno conversaremos sobre “Umbanda Ecológica”.


O reino dos cemitérios ou da calunga pequena é dominado por Omulu e por nossos amigos trabalhadores que tem a missão de zelar pelo campo santo, orientar irmãos recentemente desencarnados e afastar espiritos trevosos que vem em busca desses espiritos perdidos para aumentar seus exércitos.Eles podem atuar nas cercanias, na porteira e no interior dos cemitérios.Por isso diante de qualquer cemitério devemos saudar a energia de Omulu e dos exus guardiões da calunga.




Oferendas a Exu.


Toda a oferenda a uma entidade ou energia de umbanda serve para manipular, imantar e estabelecer a comunicação necessária quando se pretende agradecer ou fazer algum pedido.A principal oferenda a exu é o Padê. O padê é uma mistura de farinha de mandióca , azeite de dendê, rodelas de cebola, a bebida e o fumo de preferência do exu a quem estaremos ofertando.Os elementos do padê de exu em sua grande maioria como a farinha, o dendêzeiro, a pimenta e a cebola (aloboça) são raizes , forças da terra e da água, facilitando assim a forma na confecção do padê. O Azeite de dendê e o mel ,como elementos quentes facilitam a imantação e a velocidade na comunicação com exu.


Podemos observar variações de padê quando esse poderá ser feito em substituição a farinha de mandióca por fubá de milho ou na mistura invés de azeite de dendê colocarmos cachaça ou mel.Porém o que deve ser enfatizado é a confecção da oferenda manipulando a mistura dos elementos e de como essa oferenda retornará em energia no elo de ligação do médium com seu exu. Ao se preparar o padê deveremos faze-lo em momento de meditação vibrando apenas o que estaremos pedindo ou agradecendo. Juntaremos um oberó( alguidar ou louça de barro), a porção de farinha de mandióca ou fubá a ser misturada e o azeite de dendê de forma gradativa,até formar uma grande farófa ou paçoca. Ao término da confecção da oferenda devemos levar ao local da entrega, juntamente com as velas, bebidas e fumo de preferência do exu a ser ofertado e entregamos inicialmente agradecendo tudo que nos foi alcançado permitir até aquele momento e na sequência fazendo os pedidos. Pode se cantar cantigas do exu em questão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Gira em Louvor aos Pretos Velhos dia 18/05 - 4ª feira as 19:30hs

Adorei as Almas, salve nossos Pretos Velhos!


Nossos queridos Pretos Velhos:

Os Pretos Velhos representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam de ajuda pois curam, ensinam, educam pessoas e espíritos. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que os negros foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independente de sua cor, idade, sexo ou religião. São extremamente pacientes com os seus filhos e, como poucos, sabem incutir-lhes o conceito de karma e ensinar-lhes a resignação.

Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos negros que viveram na época da escravidão. Outros nem negros foram! O que podemos dizer é que, para ajudar aqueles que necessitam, esses espíritos escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de Preto Velho. Este comentário pode deixar algumas pessoas meio confusas imaginando que um Preto Velho pode não ter sido preto e nem velho. O que acontece é que esses espíritos assumem esta forma com o objetivo de manter uma perfeita comunicação com aqueles que os vão procurar em busca de ajuda. O espírito que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma consequência do trabalho e da missão que eles realizam na Terra. Isso não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que neles acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.

Por isso, se você for falar com um Preto Velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas como em um passe de mágica. Entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo. Tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo. Para muitos os Pretos Velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para alguns são psicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros elementos, apoiados pelos Exus, desfazendo trabalhos. Também combatem as forças negativas (o mal), espíritos obssessores e quiumbas.

Sempre que falo em Preto Velho me lembro de uma mensagem muito bonita de “Vô Bento, segue um trechinho dessa mensagem diz:

“… ser médium é fácil, todos que passaram hoje por assistência são médiuns como vocês e para isso nada é exigido. O difícil é ser INSTRUMENTO DE DEUS e é isso que vocês precisam ser, se realmente querem evoluir e fazer o bem. Para ser instrumento de Deus só precisa ter um CORAÇÃO LEVE, um coração cheio de AMOR pela Espiritualidade e não interesse perante ela. Olhem para dentro de vocês e observem qual é o tipo de amor que vocês têm perante a Espiritualidade. Observem qual é o lado do muro em que vocês estão agora, no lado da troca, onde se espera receber ‘também’, ou no lado do amor, onde se é capaz somente de ‘dar’. Saibam que é do lado do amor é que estão os verdadeiros Instrumentos de Deus.”


“AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO".

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e... Foram sete.

A Primeira... A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;

A Segunda... A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;

A Terceira... Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;

A Quarta... Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;

A Quinta... Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;

A Sexta... Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;

A Sétima... Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.

Fontes:www.minhaumbanda.com.br / e wikipédia

Salve São Jorge! Patakori Ogum!

Que nosso Pai Ogum Beira Mar nos proteja e nos livre de todas as mazelas e inveja.
Nós estamos vestidos e armados com as armas de Jorge!

Fraternidade Umbandista Aldeia Caboclo Pena Branca

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Festa de Ogum da Aldeia




                   A FRATERNIDADE UMBANDISTA ALDEIA CABOCLO PENA BRANCA,

CONVIDA VOCÊ E SEUS AMIGOS PARA A GIRA EM LOUVOR A OGUM EM NOSSO NOVO ENDEREÇO:

20/04/2011 DE 19 AS 22:00H

RUA CONSELHEIRO AGOSTINHO Nº 52 – TODOS OS SANTOS – UEUB - PRÓXIMO AO NORTE SHOPPING.



PARA SE INFORMAR SOBRE NOSSAS ATIVIDADES ACESSE NOSSO SITE E NOSSO BLOG:



www.aldeiacaboclopenabranca.webnode.com.br




OU ENTRE EM CONTATO COM PAI ALEX D’OXALÁ TEL. 21-7861-0198.



“UMBANDA É COISA SÉRIA PARA GENTE SÉRIA”

Caboclo Mirim

Patakori OGUM! Salve Ogum 23/04!


Ogum governa o ferro, a metalurgia, a guerra. É o dono dos caminhos, da tecnologia e das oportunidades de realização pessoal.


Cores: Vermelho na Umbanda

Bebida: Cerveja Branca

Comida: Inhame Acará assado na Brasa, espetado com palitos de Dendezeiro.

Ervas: Espada de São Jorge

SÍMBOLOS: Espada, Escudo, Bigorna, Faca, Pá, Enxada e outras ferramentas

ELEMENTOS: Terra (florestas e estradas) e Fogo

DOMÍNIOS: Guerra, Progresso, Conquista e Metalurgia

SAUDAÇÃO: Ògún ieé!!Patakori Ogum!



Falangeiros de Ogum:

Ogum Beira Mar

Ogum de Nagô

Ogum Sete Ondas

Ogum Megê

Ogum Matinata

Ogum de Malê

Ogum Iara

Ogum Rompe Mato

Ogum é um orixá cultuado nas religiões de Umbanda e Candomblé, correspondendo a São Jorge, na Igreja Católica no sincretismo religioso. Seu dia é o 23 de abril.Ser Umbandista

É ter o privilégio de sentir OGUM

com toda sua força e determinação;

É ter o privilégio de ouvir OGUM e

aprender com sua estratégia e coragem;

Ser Umbandista

É ter o privilégio de segurar a espada,

o escudo e a lança de OGUM

com toda sua convicção e proteção;

É ter o privilégio de girar em OGUM com sua reverência e valentia;

Ser Umbandista

É ter coragem e proteção;

É ter convicção e determinação;

É ter a Glória e a Salvação à sua disposição;

Ser Umbandista para mim,

É ter Ogum cravado no coração e manifestado diariamente, com toda sua excelência!

Patakori Ogum!!!



Conversa com Ogum:

Pai Ogum,

Sei que tu me fazes vitorioso sempre,

Hoje pela manhã

Sentindo no rosto os primeiros raios de sol,

Pude abrir meus olhos e sentir a felicidade de estar vivo

Mais uma vez venci, pois quantos irmãos em seus leitos de dor

Num sono de dor e desesperança,espera pela chance de sentir o que agora sinto

Protege – os e os faz vencer também.



Olhei ao meu redor e vi meus familiares, sorrindo, se abraçando,

Se preparando para mais um dia,

Discutimos nossos problemas, buscamos soluções,

Não tenho teu poder Pai Ogum, senhor dos metais,

Mas tu me fazes vencer pois sempre diante de um coração duro e frio como o ferro

Algumas de minhas palavras confortam e incentivam a persistir, os tornando mais ternos e confiantes em ti e na força de nosso pai Maior

Protege – os e os faz vencer também.



Fui em busca de meus sonhos, de meus objetivos;

No trabalho, na escola , no convívio social;

Vou a pé, em estrada de terra;

Confiante ao olhar no horizonte, o descortinar do meu destino;

Mais uma vez venci, pois pelo caminho pude observar tantos irmãos perdidos;

Tanta solidão, tanta injustiça, tanto sofrimento...

Não tenho teu poder Pai Ogum, senhor das estradas e dos caminhos;

Mas me mantem firme, a caminhar, mesmo diante de todos os obstáculos,

Que os irmãos que pude abraçar e falar de ti pelo caminho, sintam tua presença como sinto agora

Protege- os e os faz vencer também.



Em minha caminhada também encontrei perigos;

Tantas eram as armadilhas deixadas no caminho;

Confiante em ti, sem temer eu sigo;

Pedindo força a teus guerreiros, aos meus guardiões, eu nada temo

Mas tu me fazes vencer sempre, pois mesmo diante do inconformismo de meus inimigos,

Sigo incólume pois em ti me sinto protegido.

Não tenho teu poder Pai Ogum, general de Umbanda, vencedor de demandas,

Mas sei que tu guarda meu corpo com seu escudo, e me cubra em seu manto de força.

Que os meus inimigos caiam, um a um diante do peso justiceiro de seu braço;

E que depois se reergam , na senda da reabilitação e da busca do verdadeiro amor fraterno

Protege – os e os faz vencer também.



Quizz Umbanda

Olá!! Responda a nosso Quizz Umbanda, e ganhe um presente da Aldeia.
Mande a resposta ao Quizz para o nosso e-mail: aldeiapenabranca@gmail.com, ou poste a resposta como comentário no blog. Todas as respostas terão retorno do Pai Alex de Oxalá.

Teste seus conhecimentos!!!



Brinque no Quiz e aprenda mais sobre a nossa maravilhosa religião.




Leve para brincar com seus irmãos.


Envie suas respostas para o moderador, e receba o teste corrigido!


Nível 1:


1) Os guias ou entidades atuam no médium, por qual centros energéticos existentes no corpo espiritual?






2) Qual a referencia Orixá para o Umbandista ?






3) Cite 3 das sete linhas de Umbanda :






4) Qual a função do defumador na Umbanda?






5) Qual a função da bebida e do fumo no trabalho dos guias em uma sessão de umbanda?






6) Por que os orixás na Umbanda são representados por santos católicos?






7) Cite um sacramento de Umbanda:






8) Que espírito se manifestou no médium Zélio de Moraes promovendo assim a oficialização da Umbanda enquanto religião?






9) Cite três atribuições de um ogã ou tamboreiro de Umbanda:






10) Os Exus ou cumpadres, são entidades fundamentais no trabalho de Umbanda, porque ?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Calendário de Atividades Março - 2011

Dia 14( segunda feira ) - Tirada das cinzas com exu / Gira de Caboclos e Boiadeiros 19:30



Dia 21( segunda feira ) - Corrente com Povo d'água e atendimento com Pretos Velhos - 19:30


Dia 28(segunda feira ) - Corrente com Ogum e Atendimento com Povo Cigano - 19:30
 
Para maiores informações entre em contato com
xx-21- 7861-0198, Pai Alex D'Oxalá.
 
Muita Paz, Axé!!
 
Fraternidade Umbandista Aldeia Caboclo Pena Branca.

terça-feira, 1 de março de 2011

Fotos da nossa Aldeia




Esta é nossa aldeia, sejam bem vindos sempre!
Para informações entre em contato com Pai Alex D'Oxalá pelo tel. xx - 21-7861-0198, ou pelo e-mail:

aldeiapenabranca@gmail.com

Visite também nosso site e nos envie mensagens através dele, dúvidas sobre a nossa querida Umbanda, e sugestões, textos etc:

www.aldeiacaboclopenabranca.webnode.com.br

Muita Paz! Axé!

Fraternidade Umbandista Aldeia Caboclo Pena Branca.

“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...

“Atrás do trio elétrico só não vai que já morreu...”. – Caetano Veloso

“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...


O Carnaval é um período de atenção e constante vigilância espiritual por parte dos médiuns umbandistas.O consumo abusivo de álcool atuando no campo vibratório destas pessoas torna propício à atuação dos kiumbas (espíritos obsessores e zombeteiros). Por esse motivo, nos dias que antecedem ao carnaval, os umbandistas fazem firmezas de Exus a fim de fortalecerem-se contra a ação desses obsessores. Os guardiões têm por função impedir que essas energias invadam o espaço daqueles que não comungam com tais comportamentos. Os umbandistas não estão proibidos de brincar o carnaval.Interagimos com o invisível todo o tempo e como em todos os outros dias do ano, se faz necessário que tenhamos responsabilidade conosco. Afinal, O corpo é o nosso primeiro templo".


Passado o carnaval, entramos na quaresma. A palavra "Quaresma" vem do latim para quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa ápice do cristianismo: A páscoa.


Para os cristãos católicos é um período de reflexão e renovação espiritual.Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa e cada doutrina tem seu calendário específico para seguir.A Quaresma dura na verdade 47 dias, uma vez que no calendário litúrgico os domingos não são contados, perfazendo então 40 dias. A duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número quarenta na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material e os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na Terra, com suas provações e dificuldades. Nesta, fala-se dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito, ou seja referências espirituais oriundas do catolicismo e do judaismo.


Curiosidade:

Você sabia que a data da quaresma e do carnaval é determinada pelo Vaticano? Sabemos que o carnaval e a quaresma caem todos os anos em datas diferentes, pois são regidas pela Páscoa que é também uma data móvel. No entanto, poucos sabem que o dia de Páscoa é estabelecido pela Igreja há séculos. No Brasil podemos conhecer essa data estabelecendo o primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia de outono, que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas sim a definida nas Tabelas Eclesiásticas. É preciso localizar o primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera de Roma (hemisfério norte) usando os critérios gregorianos. A igreja, para obter consistência na data da Páscoa, decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C., definir a Páscoa através de uma Lua imaginária conhecida como a “lua eclesiástica”.


Sendo assim, entendemos que os Terreiros de Umbanda que fecham suas portas no período de quaresma por seguirem uma conduta católico-cristã estão, no mínimo, agindo de forma equivocada pois nesse período devemos potencializar o sentido da caridade, então a lógica é, mais do que nunca, ABRIR as portas dos Terreiros e colocar tudo isso em prática. O amor umbandista se manifesta nos 365 dias do ano e os bons espiritos nos acompanham e conduzem sempre que nossos corações clamam por auxílio e conforto espiritual. Todas as correntes atuam irmanadas, cada um em suas especificidades, porém com um objetivo: A CARIDADE.


AMO A TODOS!


QUE OXALÁ ABENÇÕE!


Pai Alex D'Oxalá

Descarrego com pólvora - Prepare-se para o Carnaval!






DESCARREGO COM PÓLVORA



Os descarregos de pólvora, são muito usados na “Umbanda” possuindo poderosa e grande força benéfica, desde uma vez, que a pessoa saiba utilizá-la!


Todo o descarrego com pólvora, deve sempre ser feito sob a orientação de um dirigente experimentado e mentores espirituais.


Existem outras formas de descarrego, sendo o realizado com polvora em questões que envolvem a presença de obcessores, energias negativas empregnadas no corpo espiritual do assistido ou desfazimento de trabalhos de baixa magia. As outras formas de descarrego também muito utilizadas são os banhos e algumas defumações.


Só podemos realizar o descarrego com pólvora em residência ou estabelecimentos comerciais, quando autorizado pelos “Guias” e quando houver necessidade.


Tenho toda a certeza, é um dos trabalhos mais poderoso para se combater aos espíritos denominados kiúmbas, egúns, que nos cercam, e pertubam nossa vida profissional e familiar.


A explosão e o fogo da pólvora provoca um grande poder mágico, para expulsar o “Mal” de pessoas, de locais ( residências ou local de trabalho profissionais), levando-os para o espaço, por isso, realizamos em pessoas ao ar livre!




É de bom alvitre, termos sempre por perto um auxiliar, quando iremos trabalhar com pólvora , porque ela é danada e as próprias entidades do “Mal” evitam à sua realização, tenha cuidado! Use sua energia e pensamento positivo!


Os pontos de polvora deverão sempre ser envolvidos de material combustivel como papel ou algodão. No descarrego de pessoas devemos respeitar a distãncia de 1/2 metro ou um passo de distância para posicionar o ponto. Em ambientes devemos fazer sempre com todas as janelas e portas abertas e geograficamente no ponto central da edificação.




A pólvora é usada como um acelerador de partículas. Através da liberação de gases, acontece o movimento frenético das moléculas de água que compõem o nosso campo magnético, campo esse denominado de aura, energia resultante da queima das células de todo o corpo dirigido pelo cérebro, centro de comando do espírito, energia sutil apenas detectada em fotolitos.


Nenhum espírito é queimado pela pólvora. A sensação do mesmo na hora da queima é de um choque elétrico provocando na maioria das vezes um desmaio temporário ou um torpor dos sentidos.


Durante o processo devemos mentalizar nossos exus e pombasgiras que acompanharão e encaminharão todas as energias negativas desagregadas do ambiente ou dos assistidos que estão sendo atendidos no momento. Após o descarrego se recomenda um banho de higiene acompanhado com essência de waji ou ervas frescas como vence demanda, aroeira e levante.


Pai Alex D'Oxalá













segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Salve Yemanjá Rainha do mar, Odoia, Ofiaba!!


02/02
Deusa da nação de Egbé, nação esta Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás Iorubanos, enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a Nanã. Por isso à ela também pertence a fecundidade. É protetora dos pescadores e jangadeiros.




Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.


Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.


Para Yemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em parte por muitos ramos da Umbanda. Mesmo assim, não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho. É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.


São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.


Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Yemanjá à função da maternidade, pode estabelecer-se uma boa distinção entre esse conceitos. As duas Orixás não rivalizam (Yemanjá praticamente não rivaliza com ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a colocaram contra Iansã e Obá). Cada uma domina a maternidade num momento diferente.


A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a rainha das águas salgadas, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também de Deusa das Pérolas, é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento.


Numa Casa de Santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo. A necessidade de saber se aquele que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.


É ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo do seu reino. É ela quem controla as marés, é a praia em ressaca, é a onda do mar, é o maremoto. Protege a vida marinha. Junta-se ao orixá Oxalá complementando-o como o Princípio Gerador Feminino.


Características:


 Cor Cristal. (Em algumas casas: Branco, azul claro. também verde claro e rosa claro)


Fio de Contas Contas e Missangas de cristal. Firmas cristal.


Ervas Colônia, Pata de Vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite (Em algumas casas: aguapé, lágrima de nossa, araçá da praia, flor de laranjeira, guabiroba, jasmim, jasmim de cabo, jequitibá rosa, malva branca, marianinha – trapoeraba azul, musgo marinho, nenúfar, rosa branca, folha de leite)


Símbolo Lua minguante, ondas, peixes.


Pontos da Natureza Mar.


Flores Rosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.


Essências Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.


Pedras Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa.


Metal Prata.


Saúde Psiquismo, Sistema Nervoso.


Planeta Lua.


Dia da Semana Sábado.


Elemento Água


Chakra Frontal


Saudação Odô iyá, Odô Fiaba


Bebida Água Mineral ou Champanhe


Animais Peixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.


Comidas Peixe, Camarão, Canjica, Arroz, Manjar; Mamão.


Numero 4


Data Comemorativa 15 de agosto (Em algumas casas: 2 de fevereiro, em 8 de dezembro)


Sincretismo Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes


Incompatibilidades Poeira, Sapo


Qualidades Iemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté assabá, Assessu, Sobá, Tuman, Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure, Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá.






Arquétipo:


Essa força da natureza também tem papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que rege nossos lares, nossas casas. É ela que dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos. Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento, todas as comemorações familiares. É o sentido da união por laços consangüíneos ou não.Pelo fato de Yemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um tipo muito maternal. Aquela que transmite a todos a bondade, confiança, grande conselheira. É mãe. Sempre tem os braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que a procuram. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Tipo a grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os seus. O homem filho de Yemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor. Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando sente-se ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como ajuntó o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi, aí sim, é pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância. O maior defeito do filho de Yemanjá é o ciúme. É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte. Apreciam o luxo, as jóias caras e os tecidos vistosos e bons perfumes. Entretanto, não possuem a mesma vaidade coquete de Oxum, sempre apresentando uma idade maior, mais responsáveis e decididos do que os filhos da Oxum. A força e a determinação fazem parte de suas características básicas, assim como o sentido de amizade, sempre cercada de algum formalismo. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas ambiciosas nem obcecadas pela própria carreira, detendo-se mais no dia a dia, sem grandes planos para atividades a longo prazo. Pela importância que dá a retidão e à hierarquia, Yemanjá não tolera mentira e a traição. Assim sendo, seus filhos demoram a confiar em alguém, e quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro círculo de amigos, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Não esquecem uma ofensa ou traição, sendo raramente esta mágoa esquecida. Um filho de Yemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais. Fisicamente, existe uma tendência para a formação de uma figura cheia de corpo, um olhar calmo, dotada de irresistível fascínio (o canto da sereia). Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Yemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano.


Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam – o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Gostam de testar as pessoas. Lendas: Yemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas Yemanjá, irritada, expulsou-o. Então ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Yemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar. Yemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Yemanjá se transformou num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que voltasse; como Yemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando sua passagem. Então Yemanjá pediu ajuda a Xangô; o orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Yemanjá pôde correr para o mar.


Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a a força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Yemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu “saiu no mundo” desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Yemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.


Por isso Yemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a maternidade e a fecundidade.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Novo Site

Olá a todos, 

Já está no ar o site da Aldeia. Confira: 

www.aldeiacaboclopenabranca.webnode.com.br

Lá teremos sempre informações sobre nossas giras, bem como material de estudo e muitas informações sobre a nossa QUERIDA UMBANDA. 

O Blog da Aldeia também continuára sempre sendo atualizado. Não deixe de conferir. 

Muita Paz e Axé!
Fraternidade Umbandista Aldeia Caboclo Pena Branca.

Oke Aro!! Salve nosso Pai Oxossi, Salve todos os Caboclos - 20/01


Oxossi

Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.
Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.
Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.

Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda.
Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.

Características

Cor Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)
Fio de Contas Verde Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)
Ervas Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó. (Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto)
Símbolo Ofá (arco e flecha).
Pontos da Natureza Matas
Flores Flores do campo
Essências Alecrim
Pedras Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)
Metal Bronze (Latão)
Saúde Aparelho Respiratório
Planeta Vênus
Dia da Semana Quinta-feira
Elemento Terra
Chakra Esplênico
Saudação Okê Arô (Odé Kokê Maior)
Bebida Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)
Animais Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)
Comidas Axoxô – milho com fatias de coco, Frutas.(Carne de caça, Taioba, Ewa - feijão fradinho torrado na panela de barro, papa de coco e frutas.)
Numero 6
Data Comemorativa 20 janeiro
Sincretismo: S. Sebastião.
Incompatibilidades: Mel, Cabeça de bicho (nos sacrifícios e alimentos), Ovo
Qualidades: Êboalama, Orè, Inlé ou Erinlè, Fayemi, Ondun, Asunara, Apala, Agbandada, Owala, Kusi, Ibuanun, Olumeye, Akanbi, Alapade, Mutalambo
Atribuições

Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

As Características Dos Filhos De Oxossi

O filho de Oxossi apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.
Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir.
Fisicamente, os filhos de Oxossi, tendem a ser relativamente magros, um pou  co nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxossi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos.
Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de Oxossi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo , é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
Os filhos de Oxossi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxossi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. Os filhos de Oxossi, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá.

Gostam de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos. É portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.
São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.
O tipo psicológico, do filho de Oxossi é refinado e de notável beleza. É o Orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.
Cozinha ritualística

Axoxô
É a comida mais comum de Oxossi. Cozinha-se milho vermelho somente em água, depois deixa-se esfriar, coloca-se numa Gamela e enfeita-se por cima com fatias de coco. (pode-se cozinhar junto com o milho, um pouco de amendoim).
Quibebe
Descasca-se e corta-se 1kg de abóbora em pedaços. Numa panela, faz-se um refogado com 2 colheres de manteiga e 1 cebola média picadinha, até que esta fique transparente ou levemente corada. Acrescenta-se 2 ou 3 tomates cortados em pedaços miúdos, 1 pimenta malagueta socada, e a abóbora picada. Põe-se um pouco de água, sal e açúcar. Tampa-se a panela e cozinha-se em fogo lento até que a abóbora esteja bem macia. Ao arrumar na travessa que vai à mesa, amassa-se um pouco.
Pamonha de milho verde
Rala-se 24 espigas de milho verde não muito fino. Escorre-se o caldo e mistura-se o bagaço com 1 coco ralado(sem tirar o leite do coco), tempera-se com sal e açúcar.
Enrola-se pequenas porções em palha de milho e amarra-se bem. Cozinha-se numa panela grande, em água a ferver com sal, até que desprenda um bom cheiro de milho verde.