quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Atotô Obaluayê”!




Dia 16 de agosto, é o dia que comemoramos o Orixá Obaluayê. Seu sincretismo católico é com São Lázaro e sua saudação é “Atotô Obaluayê”, que quer dizer “Silêncio”; suas cores são preto e branco; sua oferenda é pipoca preparada com areia, fatias de coco regadas com mel, água mineral ou vinho tinto, flores e velas brancas e seus pontos de força são: cemitérios – “calunga pequena”, mar – “calunga grande” e cavernas.


Tem como principal instrumento o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, com que capta as energias negativas bem como “varre” as doenças, as impurezas e os males sobrenaturais.


Obaluayê é o Orixá que representa a Irradiação Divina da Evolução, é o Senhor das Passagens, aquele que permite a mudança de nível, de estágio ou de situação. É a Ele que clamamos quando nos sentimos estagnados ou em sofrimento, seja na dor física, mental, emocional ou espiritual.


É o Orixá de elemento terra, que é vital à vida humana e encontra-se no começo e no fim de toda a vida, aliás é sabido que: “tudo o que sai da terra é dotado de vida e tudo o que volta para a terra é novamente provido de vida”..


Obaluayê está relacionado ao retorno, ao pó, ao renascimento, à transformação, à transmutação e à regeneração.


Obaluayê é Orixá Sábio e Ancião, rege a linha dos Pretos-Velhos, linha que nos presenteia benevolentemente e continuamente com sua capacidade de Sabedoria e Paciência, de Tolerância e Renúncia, de Bondade e Generosidade.


Se curvar diante de Obaluayê é buscar no íntimo a compreensão de seus carmas e transformá-los em darmas.


Se cobrir com as palhas desse Orixá é procurar dentro de si a cura de seu espírito e de suas mazelas.


Se banhar com as pipocas de Obaluayê é transformar a vida em um lindo jardim cheio de flores brancas e perfumadas.


Saudar Obaluayê é clamar pelo silêncio da emoção desenfreada a fim de ouvir a voz da sapiência.


Tocar na terra três vezes ao saudar Obaluayê é acordar a terra e cultivar a esperança da sensatez.


Fazer o sinal da cruz no chão é afirmar que aceita as dores da matéria, na matéria, enquanto o espírito afirma a importância da regeneração e da renúncia para a sua evolução e evolução da humanidade.


ATOTÔ!


ATOTÔ OBALUAYÊ!



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